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Competição x União entre mulheres

  • Foto do escritor: Lulie Rosa
    Lulie Rosa
  • 29 de mai. de 2015
  • 3 min de leitura

A escolha de Paris

Uma festa de casamento estava sendo organizada, era o encontro matrimonial de Peleu e Tétis, juntos decidiram convidar muitas divindades, mas optaram por deixar de fora a discórdia que não seria bem vinda ao laço.

Éris, a deusa da discórdia ao perceber que não havia sido convidada sentiu-se excluída e ao mesmo tempo instigada a infiltrar-se naquela festa, invejando as outras deusas mais queridas foi à elas que destinou sua vingança.

Uma maça de ouro foi seu artifício, deu um jeito de implantá-la na festa, nela havia os dizeres: “à deusa mais bela”.

Três das deusas presentes sentiram-se merecedoras do pomo dourado, entram na competição para provar a superioridade de sua beleza perante às outras.

Hera, a rainha dos céus, Atena, a deusa da inteligência racional e da estratégia e Afrodite, a deusa do amor e da sensualidade, cada uma dona de uma beleza única, todas muito poderosas, mas para haver uma disputa alguém deveria escolher entre elas, nenhum Deus ousou, ninguém presente na festa se pronunciou, no fundo todos sabiam que a disputa ia para além do objeto de desejo.

Nem mesmo Zeus ousou escolher a vencedora, passou a bola para aquele considerado o mais justo entre os humanos, Páris, um simplório pastor de ovelhas, que ao ser abordado pelas deusas ficou imóvel. A princípio tentou negociar com elas a divisão da maçã dourada, não obteve sucesso.

Incomodadas com sua demora partiram então para a afetividade, a primeira a oferecer-lhe privilégios foi Hera, que ofereceu nada mais nada menos do que o poder e glória, o governo do mundo. A segunda foi Atena que lhe ofereceu a inteligência e a capacidade de vencer estrategicamente qualquer guerra. Por último, mas não menos incisiva entrou pra valer na competição Afrodite, oferendo como retribuição pela escolha nada menos do que o Amor da mulher mortal mais bela que havia sobre a terra. Páris, um homem justo não vendo saída optou por aquela que além de ser a que mais preenchia de beleza seus olhos lhe oferecia algo cabível em sua humilde vida, a ele não importava o governo do mundo, menos ainda a capacidade de vencer uma guerra, mas o Amor era sempre bem vindo, e foi assim que fez sua escolha.

Optou pelo que fazia vibrar seu coração. Afrodite foi a deusa vencedora.

A competição chegou ao fim.

Páris, que havia sido abandonado por sua mãe, reinha de Tróia, devido a previsões de destruição atreladas ao seu nascimento, ao sair de sua casa onde mantinha um relacionamento harmonioso com a Ninfa Enone, para participar dos Jogos Troianos, acaba sendo reconhecido pelo pai, o Rei Príamo de Tróia, tornando-se príncipe. Noutra ocasião, numa expedição à Grécia Páris encontra Helena, e quando seus olhos cruzaram tem certeza de que se trata da mulher prometida por Afrodite, mas infelizmente ela era casada com Menelau, o rei de Esparta.

Helena, mesmo casada com Menelau por escolha entre muitos pretendentes, não se contém e se apaixona perdidamente por Páris, escolhe seguir com ele de volta à Tróia na ausência de seu marido. Quando Menelau após uma viagem a Creta, retorna a Esparta e não encontra sua esposa fica furioso, não aceita e não respeita a escolha de Helena, acreditando que havia sido raptada convoca um exército que ruma à Tróia. A Guerra iniciada por essa união perdura por longos dez anos, e com ajuda das deusas negadas por Páris, o exército Espartano destrói completamente a cidade de Tróia. Essa versão do Mito é resultado de uma pesquisa que permeia diversas fontes cruzando informações buscando manter uma abrangência global do que vem sendo difundido por ele. Permeia o Espaço Empodera Mulher, como alvo de análise para a primeira discussão aberta e online proposta pelo Mulher em Si, visando promover acesso de mais pessoas aos temas trabalhados no

Círculo Contínuo Caminho de Afrodite. A discussão aberta acontecerá num grupo online específico a partir de segunda-feira dia 01/06/15, o acesso é gratuito e aberto a qualquer pessoa que deseje compartilhar impreessões buscando não apenas avaliar como também descontruir as influências sociais refletidas por este mito. O único pré-requisito para participar da discussão é ter lido este mito e visto o filme " A fonte das mulheres" de Radu Mihaileanu, disponível no Youtube no link que se segue:

Sinta-se bem vind@ a compartilhar o seu olhar sobre o tema competição x união entre mulheres e seres humanos.

<3


 
 
 

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