Astrologia para mulheres – 24 a 30.7.2015
*ps: se souber o seu ascendente, leia a previsão para ele também.
Juno anda muito pé no chão e lendo até as letras pequenas dos contratos. Só que Netuno quer mais é sair dessa seriedade toda e embarcar no sonho. Como faz? Ficar firme no chão é mais recomendável, já que por aí podem aparecer saídas revolucionárias graças à mulher selvagem que passeia lá dentro de nós e que só quer um espacinho pra poder trabalhar – cortesia de Lilith, com ajuda de Saturno. A nossa sacerdotisa interna, Vesta, por sua vez, anda saidinha e cheia das ideias, mas sua conversa não permite que a gente veja o quanto ela não está engolindo uma baita reverberação interna que os seus alfarrábios não conseguem resolver. E com a sensualidade e charme (Vênus) retrogradando, como faz 2? É, parece que o jeito é mesmo conversar com a fera interna pra saber o que ela tanto quer.
Momento bom pra sentir quem é você em intensidade. Ter momentos, digamos, “animais”, de contato com a nossa natureza inferior não é demérito porque, no processo de autoconhecimento, temos de fazer com que o nosso bicho converse com o nosso anjo, porque ele também faz parte de nós e precisa ser compreendido. No seu momento atual você tende a achar que tudo se resolve pelo superior, pelo sagrado – mas você há de convir que a animalidade existe por algum propósito. Não acho que Deus ia criar essa parte de nós se não houvesse razão.
Acredito que o seu lado mais selvagem tem um potencial imenso de te deixar feliz consigo mesma. Você naturalmente caminha com facilidade por entre o mundo material, e comprometer-se com ele pode te trazer descobertas interessantes – especialmente no que diz respeito a tua relação com o povo de fora da tua casa ou família. Não espere nada dessas pessoas, porque elas podem querer te tirar do teu caminho selvagem pra fazer com que você entre numa ilusão coletiva qualquer. Centrar-se pode ser o caminho pra uma melhor expressão pessoal e da sua criatividade.
Sei que a sua rotina, ou saúde, poderia estar melhor. Mas o gás que você precisa está dentro de você, nos porões mais distantes, onde você encaixotou seu lado selvagem. Não que você vá surtar de repente e sair pirando por aí, como a sua mente, aceleradíssima por estes tempos, pode estar pensando. Assumir seu lado “selvagem” tem mais a ver com sentir o próprio corpo e dar mais atenção a questões físicas. Praticar a atenção concentrada pode te ajudar muito nisso, especialmente nestes tempos em que seus objetivos e/ou carreira estão meio nebulosos. Se estiver focada, consegue tirar as brumas de letra, numa boa.
Não é de hoje que você pode estar soltando pela boca o que uma moça “comportada” não deveria soltar. Na verdade, você está apenas reagindo ao que seu corpo sente e precisa processar – no caso, sapos engolidos em profusão. A sua autoestima precisa que esses sapos sejam todos arremessados de vez na lagoa. E, se sentir que as coisas andam meio sem saída ou ela não parece lá muito clara, agarre ainda mais no seu sentido de aranha, no seu faro. Ele será o mapa mais eficiente que aparecerá à sua disposição.
Você faz bem em usar a cabeça pra aprender coisas novas ou, de modo mais amplo, se abrir pra tudo que é novo. Sua autoestima agradece: você fica também mais segura de si quando confrontada com esses aprendizados. Mas não perca de vista seu sentido de segurança pessoal; não adianta muito sair pras cabeças nesses esquemas novos aí se você não tem uma base bem boa, tanto emocional quanto financeira. Abrir a cabeça é um processo que exige suporte, seja pra não ficar maluca, seja pra poder absorver devidamente o aprendizado que chega.
Não é de hoje que a mulher selvagem dentro de você anda pedindo atenção. E, neste próximo ciclo, o lance é deixar que ela fale, se manifeste mesmo. Ao invés de ficar aí quieta no seu nervosismo ou timidez, deixa a percepção guiar tua comunicação. Sim, os interlocutores andam meio nebulosos ou manipuladores, e não é de hoje. Mas é justamente o faro que permitirá enxergar as reais intenções dessas pessoas e a melhor forma de passar a sua mensagem, bem passada.
É possível que esteja num momento que te impele a se envolver com as pessoas, tanto em nível micro (gente selecionada) quanto em nível macro (uma pá de gente). Para um signo que gosta de estar entre gente, mesmo quando esconde o jogo, notícia melhor não há. Mas os remelexos que estão rolando em algumas dessas relações – creio que as de família – podem criar estática na comunicação. Você tende a olhar para o outro como um ser sagrado por estes dias, como se isso servisse pra ignorar essas tensões. Olhe pra real, pro outro como ele é. Só isso vai te ajudar a desfazer os nós.
Sua master reorganização de vida, aquela danada que te persegue desde 2013, pode ganhar um impulso interessante se você olhar com muito carinho pra mulé selvagem e sensorial que aprecia o próprio corpo, os próprios ciclos e que tem condição de pulsar junto com a natureza. Se não consegue enxergar como se conectar com ela sozinha, procure aquela amiga entendida nos parangolés ou algum grupo que invista em autoconhecimento – mas tem que ser autoconhecimento físico, talvez mesmo em um nível animal. Com ajuda externa, parece que será mais fácil compreender quem é e o que representa.
É justamente o seu conhecimento e cabeça aberta que te projetam como uma mulher poderosa e que não tem medo de cara feia. E, nesta fase de alta verbalização do seu saber, ninguém te segura – a sacerdotisa tá chegando pra arrepiar, diz o povo. Só não suba demais no salto do teu saber, a ponto de não se dar conta de que a rua tá cheia de buracos e que você não consegue se equilibrar direito quando o assunto é a realidade, as coisas mais concretas e diretas da vida. O saber não serve pra inflacionar o ego, mas pra ser aplicado na vida prática.
O recesso do lar, aquele lugar que ultimamente tem parecido tão especial pra você, não está assim aquela maravilha por conta da desconexão entre o que as pessoas esperam de você e as tuas revoluções internas. Não é de hoje que isso tá pegando. Mas essa questão está ganhando mais relevo por conta de gente exigindo mais respeito, mais participação em ritos familiares ou coisas do tipo. Antes de sair chutando as canelas alheias, seria melhor não se aferrar tanto a esses problemas e olhar para mais longe, pra horizontes mais distantes, tanto em termos de distância física quanto de gente. Variar um pouco de ambiente vai te fazer um bem danado.
A cabeça voltada para o que o outro quer e espera. Tudo lindo e perfeito, não fosse por um pequeno detalhe: voltar-se demais para o outro tira você do contato com sua natureza mais profunda, que anda trazendo muita coisa à tona. Não perca pé do que o inconsciente quer te passar. E não estranhe se a sexualidade estiver subindo a níveis, digamos, animalescos – afinal, você é meio bicho também e não pode virar anjo se não entender direito como o bicho funciona. Mas, claro, você só vai perceber o que pode aprender com tudo isso se der um tempo na falação e na conexão com o mundo e reservar um tempo pra si.
As pessoas que aparecerem na sua frente com uma disposição animal ou com faro animal são justamente aquelas com quem você mais precisa conversar. É que elas representam uma conexão com a terra e com o concreto que tá complicado de você achar, em meio a um monte de nuvem e de ilusão que às vezes encobrem a tua ação. Pra ver as coisas além das brumas (que podem ou não ser as de Avalon), peça ajuda a essas pessoas firmes de corpo e de pensamento – e, claro, se permita sair, ao invés de ficar aferrada a atitudes pessoais e posturas que mais atrapalham do que ajudam.
Nathalia Reis Fernandes
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