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Mulheres que fizeram história - Sofonisba Anguissola

  • Foto do escritor: Lulie Rosa
    Lulie Rosa
  • 3 de set. de 2015
  • 3 min de leitura

O Renascimento foi um importante movimento artístico, cultural, científico e social que marca a transição da Idade Média para a Moderna.

Uma característica marcante deste momento histórico é que apesar de culturalmente ainda estar muito vinculado ao catolicismo e à Igreja o homem passa a ser visto como o centro do universo.

O HOMEM passa a ser o centro do mundo, não o ser humano. Vale lembrar, que a maioria da mitologia que acessamos atualmente foi resgatada nessa época, com essa visão falocentrica da vida.

O Renascimento consolidou o artista que passou a ter importância e identidade na construção de suas obras. Muitos são venerados, respeitados e referenciados até hoje, como Michelangelo, Leonardo, Rafael, Boticelli, Ticiano entre outros, mas quanto às mulheres artistas nessa época?

Você estudou alguma na escola?

Será que existia alguma mulher com capacidade artística nessa época?

Se existiam, será que não foram reconhecidas ou valorizadas?

E se foram, por que geralmente não são lembradas e estudadas?


Você já ouviu falar de uma moça chamada Sofonisba Anguissola (também conhecida por Anguisciola)?


Sofonisba Anguissola foi uma importante pintora italiana, viveu entre 1532 e 1625, era filha de membros da baixa nobreza, nascida numa família relativamente influente pode nutrir seus talentos.

Além dela, sabe-se que outras quatro irmãs eram também pintoras, mas não são encontrados registros de suas obras. Começou a estudar pintura aos 14 anos com Bernardino Campi.

Em 1557, Sofonisba viajou à Roma onde conheceu Michelangelo e imediatamente teve seu talento reconhecido. Mas as normas morais da época à impediram de estudar corpos por não ter acesso à nudez se quer de outras mulheres limitou muito seu trabalho que se restringiu em retratos inicialmente de sua família e autorretratos.

Sofonisba Anguissola, Autorretrato,1556, Museo Lancut, Polonia.

Lucia, Minerva e Europa Anguissola jogando xadrez, 1555, Muzeum Narodowe (Museo Nacional), Poznan, Polonia.

Retrato de familia, Minerva, Amilcare e Asdrubale Anguissola, 1557, Nivaagaard Museum

Retrato de Bianca Ponzoni, mãe da artista, 1557

Mas sua profissão de artista não para por ai, trabalhou um bom tempo na Espanha, onde foi uma pintora da corte e dama de companhia da rainha Isabel de Valois.


Retrato de Isabel de Valois sustentando um retrato de Felipe II, 1561, óleo sobre tela, 206 x 123 cm. Museo Nacional del Prado, Madri.


Um de seus retratos do rei Felipe II foi por um bom tempo atribuído a outro artista com quem Sofonisba trabalhou por um tempo, mas teve sua autoria reconhecida há alguns anos.

Anguissola casou-se em 1570 e seu marido faleceu em 1578, ela então casou-se novamente com o nobre genovês Orazio Lomellino, mais jovem que ela em 1579 em Pisa.

Seu amado apoiou muito seu trabalho, inclusive financeiramente.


Retrato de Sofonisba feito por Van Dyck com o intuito de registrar uma consagrada artista com 90 anos em plena consciência.

Sofonisba morreu em 1625, com mais de 90 anos, em Palermo.

À ela são atribuídas pelo menos 50 obras com certeza, essas obras estão espalhadas por diversas galerias de arte, um de seus retratos da rainha Isabel de Valois é um dos retratos mais copiados da História da Arte.

Sua história é interessante, seu trabalho foi reconhecido em vida e a qualidade de suas obras são inegáveis. Então, que Sofonisba assuma seu lugar merecido na História da Humanidade.

Por Lulie Rosa

Artista/Visagista/Facilitadora e Terapeuta Reikiana - com iniciação pelo método Usui.

Cursa Artes Visuais na Universidade Estadual de Santa Catarina, mas seu maior aprendizado vem da experiência, dos grupos que coordena e integra, da vida que tenta encarar de frente. Por conta própria pesquisa diversas áreas do conhecimento humano, principalmente envolvendo história, psicologia, mitologia, conhecimento ancestral, bioenergética e cultura visual e é assim que tem percebido que livros são apenas pontos de vista, relatos da vivência e da observação de alguém.


Ama fotografar essências e se nutre do empoderamento que vê nascendo e se fortalecendo em cada mulher que se permite olhar seu corpo e sua alma por novas perspectivas.

É geradora do Mulher em Si - o que não sabe definir muito bem, pois tem vida própria e se move, flui e transforma como sua própria vida; mas pelo qual atua com atendimentos particulares e como facilitadora de grupos sequências e livres, com propostas intensas e leves, diversas, mas todas sem dúvidas empoderadoras. Conheça mais sobre Lulie e o Mulher em Si visitando nosso site.



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